Noites, todas as noites Eu desço sua rua, a rua que é minha A rua da rua da minha tristeza Noites, eu pela calçada Calçada que é sua, calçada da rua Em que mora você E lembro o seu rosto e choro com um pranto Com um pranto da chuva, da chuva que cai Que cobre essa rua, a rua que é nossa A rua que é sua, em que mora você Mil mentiras disseram, mil coisas fizeram Para eu ficar longe de você E vou triste a seguir Sem poder lhe esquecer Querendo somente lhe ver E a dor que está em mim Já não cabe no meu peito Será que estou perto do fim? Noite, pobre noite Caminho, e esta rua, só tristeza Noite, e eu sem você Que nem à janela, saiu para me ver Noites, você está dormindo E eu estou seguindo na rua a cantar Chorando, chorando, pensando, pensando Somente em lhe amar