Tirar dentro do peito a emoção A lúcida Verdade, o sentimento E ser depois de vir do coração Um punhado de cinza esparso ao vento Sonhar um verso de alto pensamento E puro como um ritmo de oração E ser depois de vir do coração O pó, o nada, o sonho dum momento São assim ocos, rudes, os meus versos Rimas perdidas, vendavais dispersos Com que eu iludo os outros, com que minto Quem me dera encontrar o verso puro O verso altivo, forte, estranho e duro Que dissesse a chorar isto que sinto!