As maquiagem forte esconde os hematoma na alma Fumando calma ela observa os faróis que vem e vão Viver em vão, os que vem e não te tem São, se necessário, homem de bem, fujão Que não aguentou ser solitário A mesma grana que compra o sexo, mata o amor Traz a felicidade, também chama o rancor As madruga que testemunha, vermelho sangue na unha Sem nome, várias alcunha Dentro da bolsa de punho Garota propaganda da cidade fria em seus caminhos Um milhão de seres, um milhão de seres sozinho Sonha como se não vivesse Vive se perguntando por que que não morre Mistura lágrima e suor no corre Conta dinheiro no banco do passageiro e só Que vira leite pro filho ou 15 gramas de pó Foda-se se é erro, quem fez o certo? Jesus! E cês agradeceram como? Pregando ele numa cruz! Cortando as hora com um casaco de vison No olho a cor tá combinando com o batom Atenta nas buzina ela vai pelo som Escrevendo sua história com neon E o neon piscando no Motel, às vezes falha Autodidata aprimora o estilo enquanto trabalha E se flagra chorando em frente ao espelho Bola mais um, acende, puxa, e disfarça seu olho vermelho, Volta! Seu novo amor tá de partida Ele espera acabar a noite, ela espera acaba a vida Cada cigarro leva um ano de sofrimento Ela manda um maço e de novo tá pronta pro arrebento Ri com os traveco no breu, com o vulgo que a rua deu Entra no carro se lembrando das amigas que morreu Sampa, pra quem vem de fora é uma beleza Mas a única coisa que todos têm aqui, é certeza Seu pai só reclamava, enquanto trampava ela dormia Isso não deixava a vida nos conforme, pra se redimir Ela vaga todas as madruga aí Fazendo um din como pode enquanto ele dorme Cortando as hora com um casaco de vison No olho a cor tá combinando com o batom Atenta nas buzina ela vai pelo som Escrevendo sua história com neon Aí A vizinhança, réu, com um mar de juiz, papel Afago pra lá, infeliz, mais um trago, miss Com sorte, passaporte, América do Norte, please Europa, diz? Ah, um sonho?, quis Assassinada por um rato num motel barato Agoniza na cama, drama, estatística, fato Um nóia sujo, advogado, bêbado, confuso Pai de família, pastor com a fé em desuso Matilha de dois, onde homem grande é vilão Cliente frio, produto sem coração Corpo marcado, cicatriz de gado Ao relento, vai pra coleção de sofrimento Princesa dos esgoto sujo, seio novo sobre o bojo Virgem em solo inimigo, nojo Esperança triste, adubo do sonho da infância pura Buscando em si se isso ainda existe Cortando as hora com um casaco de vison No olho a cor tá combinando com o batom Atenta nas buzina ela vai pelo som Escrevendo sua história com neon