O aço dos nervos derreteu E a mão de ferro enferrujou Olho por olho Dente a dente O meu corpo inteiro se entregou Meu coração fechado se abriu Castelo de cartas desabou Passo a passo Pouco a pouco Eu caí em pé num novo amor Ah, as noites frias dessa febre Ah, o brilho fosco em meu olhar Sim, o que me vem e não me serve Para impedir de me entregar E quando isso acontece É como euforia sem ressaca Espera de festa que não passa Um eterno réveillon Feito um veneno que me mata E mesmo assim eu acho bom