Quando a cabocla, Foi-se embora de malvada, E o seu vulto pela estrada, Foi minguando e se apagou, E à proporção, Que ela sumia desse jeito, Bem no fundo do meu peito, A saudade se enroscou. Dona Saudade me falava: - Coitadinha... Defendendo a caboclinha, Pra eu não lhe querer mal, E me dizia que a cabocla era só minha, Que esperasse que ela vinha, Mais bonita e mais leal. Cabocla, Eu já tinha te jurado, Meu punhal tinha marcado, O final dos dias teus, Cabocla, Toma bênção da saudade, Se não fosse a sua bondade, Nem eu sei, meu Deus! Dona Saudade me alegrava, E entristecia, Sempre quando ela me via, Com jeitinho de chorar, Dizia logo - Meu benzinho, Homem não chora, Se a cabocla foi-se embora, Tua cabocla há de voltar. E ela voltou, Minha cabocla, minha vida, Veio triste, arrependida, Implorando o meu perdão, Mas a saudade foi-se embora, Fez das suas, Certamente para as duas, Não chegava o coração.