Quando eu não tinha o olhar lacrimoso Que hoje eu trago e tenho Quando adoçava o meu prento e o meu sono No bagaço da cana do engenho Quando eu ganhava este mundo de meu Deus Fazendo eu mesmo o meu caminho Por entre as fileiras de milho verde que andeia Com saudade do verde marinho E eu era alegre como um rio Um bicho, um bando de pardais Como o galo (quando havia galos, noites e quintais) Mas veio o tempo negro E a força fez comigo o mal que a força sempre faz Não sou feliz Mas não sou mudo Hoje eu canto muito mais