Foi no mês de dezembro de oitenta e um Eu 'tava cumprindo pena no Carandiru (No Carandiru!) Eram quatro da manhã Quando a coisa começou Uma bomba explodiu E no fundo alguém gritou "É uma rebelião... E uma rebelião... É uma rebelião..." No presídio estadual (No Carandiru!) Os "homi" chegaram E começaram a barbarizar Enquanto os nossos reféns Choravam de arrepiar (De arrepiar!) O chefe deles falou "Vamo acabar com o carnaval Senão vocês todos perdem O Indulto de Natal!" (Com essa rebelião...) Com essa rebelião... (Com essa rebelião...) Com essa rebelião... (Com essa rebelião...) No presídio estadual (No Carandiru!) Quarenta horas depois Foi que a coisa terminou Enterramos os "de cujus" E o presídio descansou Ficou tudo numa boa Mas todo ano é sempre igual É só chegar dezembro E a semana do Natal (Sempre tem rebelião...) Sempre, sempre ... (Sempre tem rebelião...) Sempre tem rebelião... (Sempre tem rebelião...) Sempre tem rebelião! (No presídio estadual...) (No presídio estadual...) (No presídio estadual...) No Carandiru!