Xote Bandeiroso

Língua de Trapo

Composición de: Laert Sarrumor
Ai! Meu Deus! 
Essa máquina aperreia 
(que aperriação) 
Passo o tempo 
trabalhando, 
em completa agonia 
Em total escravidão 
Mas eu já nem penso mais 
em voltar pro meu sertão 
(nhanhanhão, 
em voltar pro meu sertão) 
Quando eu vim 
lá do Nordeste, 
eu era cabra da peste 
Patola e folgazão 
Trabalhando noite e dia, 
nem sabia que existia 
O índice da produção 
Os ome lá da indústria, 
era cheio de astúcia 
e de muita ilustração 
O patrão apoquentava 
e quanto mais eu trabalhava 
Menos eu tinha razão 
Eles vinha e dizia: 
Severino, seu destino 
é ser orgulho da Nação 
Se mostrar para o Brasil, 
inté na televisão 
Hora extra, mais apreço, 
tudo isso a baixo preço, 
era a competição 
E entonce eu fui eleito 
o Operário Padrão 
(nhanhanhão, 
o Operário Padrão) 
Ai! Meu Deus! 
O mundo dá tantas volta 
(velho mundão) 
Na conversa com os amigo, 
eu fui vendo os perigo 
Recebendo informação 
E hoje eu nem 
quero lembrar 
dos tempo de servidão 
(nhanhanhão, 
dos tempos de servidão) 
Minha vida de pelego 
se mudou c'o desemprego 
c'os tempos de recessão 
A fome foi apertando 
e em cada emprego que arrumava 
mudei minha posição 
Da imprensa 
perdi o medo, 
na prensa perdi o dedo, 
fui ganhando instrução 
Sempre bom cabra-da-peste, 
botei medo na Fiesp 
firme na negociação 
Eles ainda me dizem: 
Severino 
bom menino, deixa de 
subversão 
Tu acaba na cadeia, 
teu lugar é no formão 
Mas eu tenho confiança 
que esse Brasil-criança um 
dia vai ver 
Cada um se eleger 
o Operário Patrão 
(nhanhanhão, 
o Operário Patrão) 
O Operário Patrão
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