Trago meu peito esmagado de saudade. De uma cidade berço amado onde eu nasci. Cidade meiga, pequenina e formosa. Terra saudosa onde contente vivi. Vejo em meus sonhos as montanhas verdejantes. Que os viajantes vivem sempre a contemplar Oh lago azul esperança de uma vida. Hoje perdida pois não mais há de voltar. Oh mundo ingrato que me fez viver ausente. Daquela gente, a saudade me acompanha. Ai como sofro quando sonho com a casinha. E a igrejinha lá do alto da montanha Por isso às vezes quando é noite de luar. Ouço a sonhar o cantar do seresteiro Oh doce infância sonho de felicidade. Junto à saudade dos antigos companheiros Campo do meio a chorar te disse adeus. Outros caminhos me obrigaram te deixar. Porém eu peço ao bom Deus que o proteja. O bom caboclo não esquece o seu lar. Mesmo sorrindo vivo quase num exílio. Sou um bom filho mas talvez não volte mais. Adeus amigos, adeus meu campo do meio. Adeus amores, adeus Minas Gerais.