Menina do interior Nasceu e criou na simplicidade Deixou os pais lá na roça Na velha choça e veio pra cidade Pensando em vida melhor Sem crer que o pior fosse acontecer Sem querer cai na ratoeira Mas de qualquer maneira precisa vencer Ela trabalha de garçonete Numa lanchonete de alto padrão E trabalhando com muito amor Seja como for pra ganhar o pão Não tem a quem pedir arrego Se deixar o emprego perde a razão Seu rosto tristonho sem brilho Pelo amor do filho do seu patrão Quando chega o Natal Ou o carnaval ela pega o trem E vai passear na roça Vai ver a choça e os velhos também Engana mamãe e papai Dizendo que vai tudo muito bem Por um instante se cala Pensa mas não fala do filho que tem Mamãe, vou levando a vida Sou muito querida do meu patrão