Casa de Barro

Pena Branca e Xavantinho

Aquela casa de parede barreada 
Lá na beira da estrada, já não tem mais morador 
Há quanto tempo ela está abandonada 
Uma tapera largada, poucos sabem o seu valor 
 
Sabe seu moço, quem morava dentro dela 
Levando a vida singela, era um roceiro feliz 
Saindo cedo pros caminhos do roçado 
Hoje conto seu passado, assim o destino quis... 
 
Faz muito tempo o dia certo eu não me lembro 
Mas foi num mês de setembro, em uma tarde de sol 
A codorninha piava lá na paiada 
E a poeira avermelhada rodava em caracol 
 
Lá na baixada as batidas da porteira 
Na estrada boiadeira ecoava o chapadão  
E aquele moço começava uma viagem 
Levando fé e coragem em cima de um caminhão 
 
Trocando a vida do sertão por uma cidade 
Obrigando a vontade o matuto despediu 
Deixou no rancho seus costumes de caboclo 
Pensando ter muito pouco naquela beira de rio 
 
Tem certas coisas que se passa com a gente 
Quando muda de repente na sorte que  
Deus nos deu 
Sabe seu moço, esse mundo é uma escola 
A enxada é uma viola e o roceiro sou eu
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