Sete potros para a doma, já com três anos fechados, Pro braço do Romualdo golpear no estilo campeiro. Trouxe cordas e aperos, buçal grosso, reforçado, Pra educar os desbocados da Estância dos Três Pinheiros! Romualdo correu os olhos pra potrada na mangueira E entre tufos de poeira parou o olhar num bragado. Flete aceso e entonado, pingo fachudo e de estampa, Negro da barriga branca - pediu bocal e socado! - Numa armada de tirão que cerrou bem no "fervido" O bragadito atrevido beijou o palanque primeiro, Depois baixeiro e arreio, bocal e tava montado Pra puxar um relho cruzado pediu lado ao madrinheiro! Te acomoda e cala fundo as "pua'' nesse ventena! Tu és da estirpe torena! Bem estribado não cai! Leva sempre pra onde vai o jeito do pago sagrado, Que este xucro aprendizado foi herança do teu pai! Pelo terceiro galope já floreava mui pachola, Um quatro galhos na cola, na anca um laço rodilhudo. A coragem não é tudo, tem calma, perícia e jeito. Côa cincha no osso do peito é que se amansa um crinudo! Não tem de perder a doma e nem potro que se atira Quem aprendeu com o Tio Mira nunca vê a coisa feia. Firma o garrão na peleia, tropeia dando risada, Se acaso leva rodada já sai pisando na "orêia"!