Abednego na cova de fogo Abre pros nego as porta de ouro Ouro placa, malote, destaque, pague Prós nego e pro povo Reencarnação farroupilha Minha alma é malê negra erudita Poesia de betume Negrume, grime tipo slime Aperte um fino, fume, dê um tempo Selvador, fauna flora, 50s e nove noves Dialetos urbanos, vivências em timelines Sorrisos no insta, strip no Snapchat Na rede eles estão on, mas na vida tão offline Deus, me perdoe como piada Perdoe como piada Deus, perdoe como piada A 120 na pista, arriscada, na lista dos mais loucos Eu tô pouco me fodendo e eu tô muito me fodendo Olhe minha ocorrência e faça sua análise Meu verso é furação, então me chame de catástrofe Destravei o pino da granada vendo meus irmãos se explodir lá no pino das biqueiras Chapado de álcool e paracetamol, sem paz vendo os mãos se matarem nas trincheiras As ruas sim tem o olho que tudo vê, do lado dela faz o hórus parecer caolho Muitos querem olhar a roupa que eu visto, mas não tem coragem de olhar na bola do meu olho Vim pra ser mais um bruxo e não vou morrer nessa sua inquisição Poder ao povo preto, poder a todo gueto, poder e acordo cedo pra provar que sou função Então respeita a porra toda, aqui é os porra loca, corra, porra, morra de raiva Minha arma é o improviso, olhe na minha cara e diga que eu sou o macgyver MC's playground faz o rap de playground, me chame de sem teto pois sou a essência da rua Rimando em trap eu sou o raffa moreira, enquanto muitos pela saco tão no mundo dalua! Tô nesse ringue das antiga viu, ladrão? Trocando vários murros antes que eu morra Bati umas luva com dona depressão Na moral, ela apanhou pá porra Tô no corre porra, o assunto é dinheiro e dinheiro é o assunto Tô na pista mais do que schumacher, hamilton, rubinho barrichello e ayrton senna junto Logo eu, índio vagabundo sangue guarani Ponto 40 minha flecha, vou destruir Cara pálida matou pá usufruir Leia o massacre do paralelo 11 Eles vendem na mídia a desgraça dos pretos Querem trazer dor para a mãe dos pretos O tesão do sistema é matar jovem preto Kaizen vei, os gambé da viatura são tudo preto Resistência, vila Moisés vive Ângela davis vive, menino joel vive Contradição hoje morre Resistência Zeferina vive, João cândido vive Gangazumba também vive Tiro de 12 nos comédia, depois dessa eles morre, porra Foda-se a lírica que vocês tanto falam, minha cor continua indo para a vala Soteropolipânico! Voo panorâmico! Mil não encosta na grade! E esse jogo me excita bem mais do que um pai assistiu masterchef kids! Somos a nova sodoma, salvador é refrigerante que borbulha corrosiva pra lacaio Meus amigos são filhos de zeus: Dogma, fúria, narinas e raios! Sou o mago, pânico no lago! Fogo na baga e o dedo na xota Vômito no carro, química no barro, e se essa porra choca, você pode ouvir projota Cara, saca seu engano Eu não sou seu mano e hannibal não é vegano Vi que a cena quer fuder comigo, eu vi o plano Querem me barrar tipo Trump com muçulmano (mas eu vi) Suprema corte do face, agora crianças dizem o que é ouro (ouro) Julgam por seus interesses, cês tão brincando de ser sério moro (moro) Pecado é perder de vista cada demônio que aqui te rodeia (sou) Da terra do Jorge amado, mas metade dessa porra me odeia