Pode sentir, pode ver, verdadeiro desprazer Sem se omitir, nem entender, pra seguir só você crer Malandragem, sagacidade, longa viagem De loucura e simpatia, simplicidade Domingão ali na feira, com a comunidade Observando de perto, acompanhando a evolução da cidade E é tenso, o clima se fecha e na maré eu vou É imenso, o sentimento quando na favela eu to E sem ter saída, nesse jogo vários jogador Palco da vida, então bate palma por favor Histórias reais, espetáculo que dispensa ator Pessoas leais, e no meio alguns cabrito Não olho pra trás, e como é que faz Lembranças me traz, que eu não quero mais Mente formatada, pra poder seguir em frente Matilha formada, faz fortalecer agente Estilo vadio, mente inteligente Rosto infantil, sorriso contente E se caiu, é seguir em frente Se a porta se abriu de forma fácil, perigo eminente Pode sentir, pode ver, verdadeiro desprazer Sem se omitir, nem entender, pra seguir só você crer O entendimento vem com o tempo, e escapa por um momento E as vezes sonhos que me guiam, no caminho caem no esquecimento Eterna guerra diária pra não esquecer quem eu sou Minha utopia imaginaria de um pouco mais de amor Enquanto o mal em solo fértil, se multiplica e se cria Uma multidão de dementes, se afogando, mar de covardia E os valores se invertem, revolução silenciosa Refrigerado na mão e várias fita nervosa E o que consta pra hoje, uma migalha de esperança Ao ver que ainda se brilham os olhos de uma criança Ao ver atos de bondade assim como fez gandhi Distante de alma translúcida e um coração de gigante Daniel na cova dos leões, humanidade e sua intensões E sua luta diária pra se manter nos padrões O tempo apaga e se cria, leva a noite, traz o dia E traz a tona o passado, que a sete chaves escondia Faz abalar seus pilares num efeito bumerangue Alma de zumbi dos palmares, minha resistência incessante Pode sentir, pode ver, verdadeiro desprazer Sem se omitir, nem entender, pra seguir só você crer