No fim da estrada, encontrei o cara de capa prateada Que é conhecido por fazer a pergunta mais bem elaborada Vendo o meu potencial cristão, ele logo armou uma cilada Com um sorriso sabichão ele fez uma pergunta meio pesada Me diz nego, você perdoaria o diabo? Me diz nego, você perdoaria o diabo? E se ele se arrepender e vir o seu perdão pedir Não perdoa-lo talvez seja o próprio diabo a pedir Se perdoar é a solução de todo o mal que me descreves Rapidamente verias que este mal é o mal que te serve Me diz nego, você perdoaria o diabo? Me diz nego, você perdoaria o diabo? E se tu chegasse no céu e desse de cara com ele? Todo de branco, limbico, o seu par de olhos verdes Conseguiria numa boa vir e apertar a sua mão? Mesmo culpando ele por tudo que não for bom Esqueceria de tudo? Esqueceria do mais seu profundo Ou pensaria como o mundo poderia ser Ou perceberia que sem ele não há mundo? Ah, me diz nego, você perdoaria o diabo? Me diz nego, você perdoaria o diabo? Ah, me diz nego, você perdoaria o diabo? Me diz nego, você perdoaria o diabo?