Justiça é um conceito abstrato que se refere A um estado ideal de interação social! Onde há um equilíbrio, que por si só! Deve ser razoável e imparcial Lágrimas! Caindo em campos de batalhas Medalhas e mágoas cortando como navalha Sangram do peito expondo as falhas! Várias Vezes falharam! O gatilho e eles! E eles São falsos deuses! Meses Trancado a sete chaves Dizendo que não são graves Os erros das tuas frases! Sei que gritos daqui! São abafados mas não miragem! Falta coragem Pra assumir A culpa da falta de integridade Enquanto poucos ganham muito! Muitos ficam com sobras da metade Ainda da tempo de fazer Justiça! Levanta, por que sem luta nada vai levar da vida Fica! Mais fácil falar de injustiça Quando eu me lembro! Quanto que dona Luzia teve que brigar com a vida! Pra eu tá hoje discutindo conceito do que é justiça! Justiça feita por canalha Com balas na cara O progresso atrapalha Pra pobre que cedo levanta Ela nunca ela funciona E só tromba pilantra! Justiça que não me controla Modus operandi mata nas favelas Corrompe atropela e congela Direito acaba na cela ou na vela Zika Siga sem intriga pela estreita trilha Por... Quem te motiva a lutar sem cobiça! Lute! Como se cresse na premissa da igualdade! E mude! O peso do fardo que tu carregas na saudade Vários caíram sem esperança alguma Vários trancados sem culpa nenhuma Ela tá cega e morta na viela! Marginalizada como foi Mandela! Coitada desta Velha Ninguém escuta, nem respeita O que provem da boca dela! Quando tijolo amostra não inspira revolta! Ou senhoras moradoras de calçadas já nem mais te choca É hora de reavaliar tua visão! Tua concepção de igualdade Depositando tanto tempo na conta Da tua vaidade! Enquanto seis só crítica! Quantas vidas corrompidas Acabadas sem justiça! Te mostra que o rap ainda tem que ser Maior que festas batidas e rimas Mataram Ulisses, Sabota Tupac e o Drac! O primeiro foi descaso Os outros balas de Glock! É o fim Sem tim tim pra mim Projéteis não são balas de festim Chegar a minha hora Não vai ter teve dublê pra mim É o fim Sem tim tim pra mim! Não! Projéteis não são balas de festim Vai! Chegar minha hora Não vai ter dublê pra mim É o fim Sistema se encontra em coma! Onde concluo a trama? Queda de Roma ou na lama de Mariana? Quando se perde travesseiro A paz o colchão e a cama A consciência não descansa Fica em alerta e não deixa apagar tua chama Perdida na mesa Lotada de Brahma Em roda de samba Iludido com as dama No vinho que chama O veneno por grama E o sangue derrama No verde da grana Te tira da goma Passado te assombra Mais um nego drama Virando homem bomba Cria de quebrada Acostuma vivendo com pouco de prata Procura sentido em cada palavra! Se esqueça da prece que não vai dar nada Mente perturbada e a boca fechada Levanta e vê o mundo de cima da laje Acorda e Reage! Vai! Justiça demora Mas não chega tarde pai! Justiça falha mas não tarda Justiça foi alvejada Justiça se encontra velada! Te fizeram esquecer o que era Justiça