Andei dez mil passos com o coração na mão Eu percebi meu forte sangue ser jorrado em vão Os ossos do ofício, maniqueístas pelo vício Abraçaram o duelo selvagem na mente daquele que vive de pão Pão que colhe o trigo Fechando a boca da verdade E bate na porta, já deixando saudade Pra alma podre de não evolução Que não abre os braços mesmo com o perdão Viaje na história da humanidade e veja a construção Dos impérios de ilusão famintos homens atrás de pão O lamento do fogo eterno Habita os corações vencidos, ainda pouco queridos Que esquecem do abraço terno Pela mãe terra dado quando nascidos O encanto de uma lágrima emperolada Descansa a garganta engasgada E deita o corpo no chão frio, Da madrugada fria Quando a dor do mundo não é mais que vadia