Tarde sinistra, sangue inocente, morte latente, derrota ou não? Tarde bendita, sangue da vida, morte inaudita, reflexão Fraqueza revela poder, condenação que dá salvação Exaltação por sua humilhação e do abandono, reconciliação Uma ceia com doze, cálice amargo sozinho Pão partido com açoite, das suas veias o vinho O fruto esmagado e servido da videira verdadeira Nela enxertados por dolorosa, porém gloriosa maneira A morte da morte na morte de Cristo O verbo com seus predicados se cala em contexto superno Voz passiva que grita em feridas no corpo um amor sempiterno Do caminho do inferno ao caminho do eterno Mortos recebem vida da morte da vida num ato fraterno A luz foi erguida na cruz numa tarde de escuridão Quando o Sol se perdeu entre trevas, resplandeceu a salvação A morte do filho do homem pro homem ser filho do pai Treme o templo, treme o inferno, rasga-se o véu Tetelestai! A morte da morte na morte de Cristo A morte vencida pelo autor da vida, no terceiro dia ele num tava lá Não chora porque o que consola tá vivo, e ele não demora, em breve virá Com a mão furada comprova a prova pela qual teve que passar Oh, morte cadê tua vitória? Levantai, oh portas, que o rei vai chegar