Ressuscitando a Essência (part. Gog, Marrom, MV Bill, Cria da Quebra e Douglas)

A286

Composición de: Reinaldo/MARROM/GoG/MV Bill/Cria Da Quebra/Douglas Guerreiro
Ressuscitar a Essência
É desenterrar nossos mortos
Não nos rituais, na memória
É lembrar que o rap nasceu pra
Ser revolta e não vitrine provisória
Não é tendência, é herança
Mataram a mensagem, vestiram a máscara
Venderam o grito, mas aqui o verbo é vivo
O que o algoritmo calou, a quebrada revive
E a identidade tá no vinil riscado
Na cicatriz que escreve
Se esqueceram do porque rimam?
-Ei, eu lembro
Porque enquanto tiver fome
Bala, ausência, o Rap é sentença
Por quem rimou sem palco
Por quem sangrou sem câmera
Aqui Gog ressuscitando a essência

Fui ferido por mãos que vestiam honra
Fui traído por bocas que juravam o amor
Eles queria me ver chorando
Eles queria me ver pedindo
Eles queria me ver morto
Mas eu continuo vivo
Eu continuo vivo

Planando enquanto anseiam minha queda entediados
Restrito aos interessados
Minhas obras não precisam de vãs apresentações
Se mantém viva no silêncio das ações
De volta pelos que ama essa porra e esperam por mim
Zé porva vê que silêncio nem sempre é consentimento
Em nome dos que mais amo e que dependem de mim
Vim devolver a identidade ao movimento
Ressuscitando a essência, A286
Um ponto de luz em meia a decadência
Tentaram derrubar, eu continuo vivo
Cresca à distância, transforme-se
Retorne irreconhecível

Fui ferido por mãos que vestiam honra
Fui traído por bocas que juravam o amor
Eles queria me ver chorando

Artigo 286
Convocação dos monstros, hora do resgate
Cada um que pegue seu bote salva-vida

Eles queria me ver pedindo
Eles queria me ver morto
Mas eu continuo vivo
Eu continuo vivo

Ressuscitando a essência
Soldado da guerrilha, sem bater continência
Preto velho rima nova, cavaram a própria cova
Quando duvidaram do potencial real, demais
Superação sagaz
Foram lutas e batalhas pra poder manter a paz
Na mente
Até quando não tava favorável
Os de verdade tavam lá para constar
É quente
Determinação na caminhada
Cultura de rua pela rua aclamada
São vozes velozes dos versos que corta
A falsidade do safado e transforma em nada
Essência ressuscitada, é uma pauta inusitada
Não se apaga com facilidade o pavimento
Que foi feito naquela estrada

Eles queria me ver chorando
Eles queria me ver pedindo
Eles queria me ver morto
Mas eu continuo vivo
Eu continuo vivo

Ser imortal é maldição na terra da traição
Herdo sepulcro aberto, bem-vindo à ressurreição
Sem aval, cobrado pelo orgulho absorto
Vocês não mata quem sempre se viu morto
Colateral de não sorrir para quem te humilha
Pode pisar no corpo, mas confirma se respira
Ainda indago tudo que me é imposto
Conhece o peso das lágrimas?
Eu conheço o gosto
Forjado por dedos apontados, sou eterno
Pique o galo que mata e também sangra nas rinhas
A índole é o fardo de quem não teve escolha
E sempre foi linha de frente antes de tá frente às linhas
Me sinto livre estando preso a minhas convicções
No meu deserto não existe miragem e ilusões
Derruba mesmo que daqui cês não ranca o arrego
Nós bebe o próprio sangue, pode chamar de soberbo

Eles queria me ver chorando
Eles queria me ver pedindo
Eles queria me ver morto
Mas eu continuo vivo
Eu continuo vivo

E foi na carroceria de um caminhão como palco
Disparando rima sobre o crime tráfico e assaltos
Desigualdade social, racial, 94
Realidade Cruel um sonho mais que abstrato
Ainda me lembro, Reinaldo bem no início
Sem Google ou IA
Um estrofe escrita quase um sacrifício
As lágrimas de esperança, caneta e o caderno
Em fim se tornariam muito mais do que versos eternos
E quantos shows com a certeza de ir sem voltar
Para ver o Rap alcançar o lugar que hoje está
A cada poça de sangue, a cada tiro no rosto do fã
Assassinado com a peita no corpo
Escrita Racionais, Cirurgia Moral
Resgatando essência, embora seja mais que atemporal
Eu sei bem que os inimigos não nos querem vivos
Nosso poema é meramente infinito

Eles queria me ver chorando
Eles queria me ver pedindo
Eles queria me ver morto
Mas eu continuo vivo
Eu continuo vivo

Barras, barras, um pedaço de cada sofredor ainda
Em nome do ódio ou do amor ainda
Resistindo à ação do tempo sem menção honrosa
Onde bombas são as armas menos perigosas
Contrário ao tempo e as probabilidades
No abismo entre a fantasia e a realidade
Onde ninguém é odiado mais que o que fala a verdade
Antes a reprovação do gênio ao louvor dos covarde
Fazendo mais falando menos vocês paga aprovação
A raiva disfarça seus medo, nunca foi direcionada
Satisfeito
O que escrevo não são personagens, são espelhos
Me enterra e veja, ainda sou o mesmo
Fui feito para sangrar tudo que for preciso
Desde que isso signifique se sentir vivo
Ainda não entendeu, eu não sou domesticável
Eu escolhi perder, eu não dou conselho, eu faço

Eles queria me ver chorando
Eles queria me ver pedindo
Eles queria me ver morto
Mas eu continuo vivo
Eu continuo vivo
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