Pobre país em que vivo Onde tanta gatunagem Dá cabo da nossa vida É no Terreiro do Paço Que todessa vilanagem Corrompe e é corrompida Tenho saudades do tempo Em que o povo vivia Sem ter medo de falar A nossa raiva é profunda Contressa alcateia imunda Que nos anda a sufocar Já basta de tirania E de tanto despotismo Qual ditadura de horror É tempo de acabar Com esta constante agonia E esta profunda dor Que venha um abril de novo É o que pretende o povo Para poder respirar Um dia a dia mais puro E vir a ter um futuro Em que o Sol volte a brilhar