Quanta saudade eu tenho do bairro onde eu nasci Nesses versos eu vou contar o tempo que ali vivi A casa onde eu morei a escola onde aprendi A primeira namorada na areia da estrada seu nome escrevi A primeira namorada na areia da estrada seu nome escrevi Nossa linda professora meu irmão ia buscar Bem longe de charretinha vinha pra nos ensinar Fazia fila e rezava para depois nós entrar Às doze horas voltava nós se preparava pra nós trabalhar Às doze horas voltava nós se preparava pra nós trabalhar Fui crescendo e fiquei moço ali no mesmo lugar Tinha um salão de baile onde nós vinha dançar A sanfona do Antônio sanfoneiro do lugar Saía de madrugada levar a namorada e voltava dançar Saía de madrugada levar a namorada e voltava dançar Na colheita do café, do arroz e do feijão O nossa carro de boi meu pai era meu patrão O meu cavalo tordilho marchava no estradão Ver as prendas na cidade deixava saudade e chamava atenção Ver as prendas na cidade deixava saudade e chamava atenção Já se passou muitos anos já se foi a mocidade Nosso tempo de criança não se pensava em maldade Hoje de cabelos brancos quase todos na cidade Não tem mais flor de São João do tempinho bom só ficou saudade Não tem mais flor de São João do tempinho bom só ficou saudade