Sou um vulto que vaga por este mundo Perambulando sem ter onde parar Só o desprezo eu recebo onde passo Vou indo assim até os meus dias findarem Da minha vida, meus amigos, eu me lembro Neste tema a vocês vou explicar Tudo que sofro devo a maldita bebida Que sem piedade destruiu meu santo lar Quando eu tinha a minha esposa adorada Aquela flor tão meiga e tão singela Foram os momentos mais sublimes que já tive E que passei tão feliz ao lado dela Ao sentir-me em companhia dos boêmios Eu desprezei o meu lar e meus filhinhos Porém um dia eles foram para sempre Por isto hoje é que vivo assim sozinho Para os amigos que isto sirva de exemplo Se regenere vendo meu cruel fracasso Aniquilado sem amor e sem guarida Vou caminhando neste mundo passo a passo Deixe a bebida enquanto é tempo, eu lhes peço Façam o que mando e nunca façam o que faço Senão um dia a sua querida esposa Faz como a minha, vai viver em outros braços