Vem lá do fim do mundo onde chora a ventania Abraçado com o talento lá guiado de poesia O som deste meu pagode luz diamante que irradia Vem brigando com a tristeza espalhando alegria Vem no escuro da noite acendendo a luz do dia Viola minha viola, minha eterna mania Meu pagode é sertão é matuto e roceiro Capiau por excelência no compasso é pioneiro É a luz da poesia é o brilho do luzeiro Meu pagode é tradição é congada e catireiro É a força da alegria desse povão brasileiro Onde tem viola tinindo tem pagode e violeiro Tristeza veio ao mundo sem sentido e sem razão No rastro veio a viola empunhando emoção A batalha foi vencida tristeza veio ao chão O ponteio da viola é feito bala de canhão Desmoronou a tristeza espalhou só diversão Numa rajada certeira acertou a depressão Pra resumir a história vou dizer sem vaidade Vivo feito um rei na vida rodeado de amizade A sorte mora comigo é minha cara metade Tenho uma mente sadia sem inveja e maldade Moro na rua alegria na casa da humildade Vivo abraçado na paz ninando a felicidade