Já bem cedo, a peonada Pés descalços, frio nas mãos Tolher canas vão tinindo E relampeando os facões Os feixes de médio porte Atados com a mesma ponta O carreteiro ombreador Com suas cargas reponta O carreteiro ombreador Com suas cargas reponta Toca boi a roda d'água Gira vida, gira massa Cana empunha no rigor Ganha o pão pela cachaça Canha pura de alambique Sem mistura nem desdobre Gemem canas entre as prensas Ferve o suco e vai pro cobre Não tem luxo, nem segredo Pra fazer boa cachaça De vagar se atiça o fogo Mede o grau, trena repassam Serpentina em pipa d'água Refresca o vapor bem quente Que desce as curvas troteando Se transformando em aguardente Que desce as curvas troteando Se transformando em aguardente Toca boi a roda d'água Gira vida, gira massa Cana empunha no rigor Ganha o pão pela cachaça Canha pura de alambique Sem mistura nem desdobre Gemem canas entre as prensas Ferve o suco e vai pro cobre Teu gosto de madrugada Nas pulperias e tendas Alambicando saudade Das mais antigas fazendas Alambicando saudade Das mais antigas fazendas Alambicando saudade Das mais antigas fazendas Alambicando saudade Das mais antigas fazendas