Eu, sim, entendo de fletes e das domas conheço as manhas No xucro altar da campanha plantei Sementes de lidas (Pra colher no fim da vida) (O fruto dessas façanhas) Quem traz na força das puas A história dos ancestrais Em frente desses baguais Sovando suas próprias puas (Vai beber quartos de Lua) (No ventre dos mananciais) Por isso me fiz campeiro Renascendo a cada encilha Ergui rancho na coxilha Na pura força do braço (Sei os segredos de um laço) (Ao me esconder na presilha) Sei de tropas e tropeadas Montando lombo e lombilho De mouros, baios, tordilhos, pelos de tigre e monarca (O lado pra sentar marca e a mão pra castrar um potrilho) Eu sei fazer um cavalo Dançar no bico do freio Também sei que pacholeio Quase sempre acaba em tombo (Arranco pelo do lombo) (Tirando boi do rodeio) Sentir o pó na garganta Num bailongo de candeeiro Amansar um caborteiro Remoldura minha estampa (Forjar a raça do pampa) (Me basta pra ser campeiro)