Gosto de viajar sozinho, sem bagagem pra carregar Pensar em nada, não ter previsão nem ninguém pra ter que alegrar Mantenho, então, tudo em mim, e não preciso nem falar E mesmo assim eu até conversei com as velas do meu jantar Eu pinto tudo que eu encontro pra fazer um cartão postal Que fica sem destinatário e não tem ponto final E não há nada de anormal Eu lembro sempre dos teus planos pra uma vida mais normal Daqui do teu lado do mundo o céu parece tão legal No quarto, então, com a mesa posta, eu penso em te chamar Antes de fechar a porta e deixar a vela se apagar A gente fica num rascunho pro meu cartão postal Fica sem destinatário nosso ponto final E tudo continua igual E não há nada de anormal Eu pinto tudo que eu encontro pra fazer um cartão postal Fica sem destinatário nosso ponto final E não há nada de anormal