No mundo contemplador A vida deixa saudade O humano destemor Não dispensa a amizade Nas disputas banais Surgem conflitos sem fim A luta, o desafio Pode ser bom ou ruim Um dos lados da moeda Dará o tom do cardim Num mimetismo real Um ser camaleão Desperto, atento a tudo Em qualquer ocasião Sem abdicar princípios Nem cair na servidão Calo, mas não sou mudo Mudo para não mudar Defendo meu natural Pra'ssim me preservar Invisível, multicor Na camuflagem normal Mudo de pele, de cor Vou me livrando do mal Da fúria do predador Do seu instinto animal