Eu gosto de falar de corpo Porque é vivo, porque sente Porque pulsa aqui, agora Presente, tão presente O corpo é parte do universo Respira o sopro divino Fôlego santo de vida Na pele, o amor e o destino E nesse sopro dado pelo Pai O filho escolheu morrer Pra que maltrapilhos como eu Pudessem renascer É de saltar de alegria o coração Ser chamado filho, ter redenção Adotado, amado, reconciliado No abraço do divino, restaurado Caminho manquejante na coletividade Aprendi o que é ser comunidade A fé que nasce no abraço E que fortalece o nosso laço Senti dor, senti amor, compaixão Fui tocado em cada oração Descobri que um biscoito de água e sal Não tem nada de banal, num momento comunal Vi corpos vivos no evangelho Marcados pela dureza e pela dor Vi o medo e a doença levarem Mas vi também vida e amor germinarem E em cada corpo, vejo a presença Do Deus que sofre, que é vida intensa Seguimos juntos, na dor e esperança Corpos vivos, divina dança