Morava lá num casebre Bem no alto da Pedreira Sebastiana da Silva Com a profissão de copeira Um dia, foi convidada Pelo maioral do lugar Pra ser a porta estandarte Mexer com as suas cadeiras Fazer que vai, mas não vai Sapatear e cantar Sebastiana da Silva Não negou a sua raça Desceu com a escola de samba E conquistou uma taça Achou que era uma glória E cheia de dengo, ficou Quando um nosso matutino Seu retrato publicou Mas Sebastiana da Silva Pecou como qualquer mortal Ficou crente de si Trocou barracão por um palacete Um moreno de praia pelo seu maioral Vestiu o bolero, deixou o organdi Porém, o destino traçou Estava escrito em sua mão Sebastiana da Silva, voltou um dia Pro alto do morro, pra sua gente, pro seu barracão Porém, o destino traçou Estava escrito em sua mão Sebastiana da Silva, voltou um dia Pro alto do morro, pra sua gente, pro seu barracão Foi bom te ver outra vez Tá fazendo um ano Foi no carnaval que passou