Deixei meu benzinho chorando baixinho No aeroporto lá do Galeão Embarquei no jato que dali a pouco A oito mil pés estava do chão Tomei um uísque, fumei um cigarro Contemplei as nuvens na imensidão Naquele momento a tristeza e a saudade Jogaram a tranquilidade de lado Tomaram de assalto meu peito magoado E dançaram catira no meu coração Que música triste tocavam a bordo E a aeromoça me vendo chorar Chegou de mansinho pra me perguntar Qual era o motivo de tão grande dor Muito agradecido eu dei a resposta A minha doença o mundo domina E não se resolve com a medicina Pois estou sofrendo do mal de amor A grande aeronave já sobrevoava Vencendo a distância num campo qualquer Enquanto eu pensava que sou realista Enfrento a vida do jeito que der O amor não escolhe nem dia e nem hora E brinca com a gente do jeito que quer Naquela altura entre o céu e a terra Senti-me perdido no tempo e no espaço Envolto nas malhas de um eterno abraço Morrendo de amor por uma mulher Que música triste tocavam a bordo E a aeromoça me vendo chorar Chegou de mansinho pra me perguntar Qual era o motivo de tão grande dor Muito agradecido eu dei a resposta A minha doença o mundo domina E não se resolve com a medicina Pois estou sofrendo do mal de amor