Numa esquina de Copa ficava parada alvejada pelas setas do vício e o início tinha sido divino: um amante latino... Sua boca vermelha, a maçã tatuada sobre o ombro (a sombra de veludo) a pele onde um homem que é nada pensa que é capaz de tudo Entre o ouro e a miçanga ofegava a audácia entre a joalheria e a farmácia entre ser a nova estrela da Banda e uma filha de Umbanda... Toda vez que as pestanas castanhas batiam o olhar trocava mil slides Na praia, na lambada, com a amiga que já faleceu de Aids... E na bolsa quando ia ao toalete a gilete, o sempre-livre e o chiclete importado o velho exemplar do despertar de algum mago... O apelido que não posso esquecer: a Jezebel da Duvivier Saiu assassinada na manchete entre a greve e os motins urbanos... Chamava-se Moema, era morena, e tinha apenas treze anos Até.