O fantasma do Smoke John me falou Que o coral dos mortos cantaria: Ari, ari, oh! Pobre Mary, Mary Pop, a coitada se assustou Tá em coma na enfermaria que Saint James a deixou Quero seis bons atiradores! E a moça que tiver melhor voz Me enterrem com todos os meus colares Pros rapazes da orquestra saberem que o mestre os deixou Quem vier à minha casa sempre vai ter o que comer Quero cereja, servida na mesa, partido pra todos os meus servos fiéis Seja no céu ou no inferno, cantará Cab Calloway Tão cruel igual viver nesse mundo de injúrias Busquei vida onde não tinha, encontrei fúria Entre clubes de jazz, bares de blues Magia nos pés e um som que seduz Eu sei bem o viés de quem anda sem luz Eles procuram no jazz algo que nos conduz Do azul do céu e do mar, te contando histórias pra viajar Eis que a morte chamou pra dançar com o diabo e o azul Tão profundo do mar E eu vivo lástimas, me dizem calma, mas eu sempre Viro as páginas e lágrimas Isso porque eu vivo em sátiras, me acostumei a conviver com Coisas ácidas e básicas