A madrugada cai de novo e eu aqui sozinho Brigando com minhas frustrações E eu nem sei dizer Eu sinto a brisa e o vento leve forças de um moinho Nem todo mundo cresce e vira o que nasceu pra ser Eu não sei mais se sou mais o mesmo E quanto tempo eu deixei o medo ergue Todas as paredes que eu tenho em volta de mim Mãe eu te amo e não consigo dizer pra você Eu tento tanto e me machuca não saber por quê Não quero mais ser vulnerável e me defender Me afasto tanto de afeto não quero correr Preciso de um sorriso calmo e alguém pra me entender Pai obrigado você tem se esforçado tanto Nesse tempo eu canto Prestes a enlouquecer Tentando provar pra ninguém que eu não sou tão ruim No final tudo é só eu aprendendo a ser Eu mesmo Sobrevoa as nuvens, caçando as estrelas Troquei minhas penugens, pra aprender voar Vi as minhas ferrugens, tão bom revê-las Como cicatrizes, vão me relembrar E essas dores passam, o medo me atinge Meu coração finge, não se importar mais Quando as dores passam, não me decifre Sou como esfinge, desvendar jamais Nem todo mundo nasce herói Eu não nasci e me ensinaram como dói Carrego o peso daquilo que me destrói Me corroendo como meu próprio algoz Eu sei da dor Nem todo mundo nasce herói Eu não nasci e me ensinaram como dói Mas eu virei depois que usei minha voz Carrego o peso de ser o cara que constrói Eu sei da dor Nem todo mundo vira herói A madrugada cai de novo e eu aqui sozinho Me perguntando quanto tempo até eu me perdoar Sento a brisa e o vento leve forças de um moinho Eles se tornaram gigantes pra me atormentar Sinceramente só sou mais do mesmo E quanto tempo eu deixei pra derrubar Todas as paredes que eu tenho em volta de mim Mãe eu te amo e agora eu sei me expressar Me orgulho tanto do quanto eu tenho a melhorar Eu sei que o caminho é difícil mas vou enfrentar Pai amo muito o seu jeito de mostrar me amar Trabalha tanto e arrumando tempo pra me demonstrar E nesse tempo eu tenho me esforçado tanto Por isso que eu canto Não posso desanimar Porque eu vejo tanta gente se inspirar em mim Isso é um motivo de eu ainda poder inspirar Eu não era ninguém e o que foi me restar A chuva caiu de manhã E se ela cair de novo eu vou cantar o dobro Porque eu aprendi como cuidar, de mim mesmo Nem todo mundo nasce herói Eu não nasci e me ensinaram como dói Carrego o peso daquilo que me destrói Me corroendo como meu próprio algoz Eu sei da dor Nem todo mundo nasce herói Eu não nasci e me ensinaram como dói Mas eu virei depois que eu usei minha voz Carrego o peso de ser o cara que constrói Nem todo mundo vira herói