Poder pro povo preto puxar o pot-pourri Um altar de anjos forros O céu vai colorir A bixaria me chamou pro calundú Fui, mas tô de volta: Sou nega lu! Alupandê exu, monamour! Sou a encruzilhada do samba Nasci menino, Deus Depois me dei à luz Enfeitei minha própria cruz Sou bailarina de barba malfeita Batom vermelho, sangue quente bororó É meu o trono de oyó Nos palcos iluminados à ópera da vida Divina realeza do Basfond Valei-me toda forma de amor Que pulsa forte no meu coração de tambor Minha alma é de festa Meu orgulho é resistir! E se vier me enredar, fale com meu protetor Kaô kabecilê xangô! Sai um banquete para os nobres excluídos Mato a fome com meu grito Liberte, Egalité! Na esquina maldita levantei poeira Na Saldanha faceira sou estandarte A própria arte Purpurina que reluz o carnaval A santa negra que perfuma o vendaval