A casa tomada pelos algoritmos que flutuam E que duelam com as ondas de poeira, rádio e forno micro-ondas Qual será a propaganda que vai me conquistar? Que palavras tem perigo de eu falar perto do celular? (De ouvido absoluto) Será vai me dar uma vontade incontrolável de comprar? (O último lançamento) Eu que sempre detestei tudo que está na moda Que intento mal vivido o hack publicitário se aproveitará Picardias de máquinas programadas para programar Faz o pix diz o criador sem conteúdo E aqui impondo errada alimenta paranoia (liberal) empoderada Todo mundo tem uma história triste que serve para se vender Nas olimpíadas da opressão A grande coisa ser oprimido e ao mesmo tempo patrão E se até a minha reclamação é como um arco-íris Com pote de ouro no fim Me dizem: Ritalina, aderal, coisa boa para todos os fins Pro seu mundo ficar odara, sim! Aceite todos os cookies, tudo que o sistema integra E assim ele lhe dará um biscoito de vida chumbrega Entre bits e brics e o tutorial para ser feliz Os tesões mal resolvidos e a receita de bolo solado Tem o imposto de renda para declarar Não adianta declarar se apaixonado Pelo leão ou o leãozinho da impáfia Ou pela Nossa Senhora Imaculada Cátia Flávia Papo reto ou papo torto é tudo sobre o nosso bolso E se um perverso volume de dor se abate hoje na Palestina O que menos quero agora é papo de coach, âncora Editorial ou palestrinha Uma cica invade a boca do túnel que parece sem saída E a polícia é sempre a polícia de casos isolados perenes Isso quando se dão trabalho de declarar ou inventar alguma desculpa São vário sistemas de retroalimentando Exocet cai em um mundo inumano Delírios inflamados e astúcias quebradas Cansaço, apatia, horror e banzo Enquanto leio Júlio Cortázar no sofá