De sons suaves no fim da tarde, fim da tarde no fim do inverno Levanta a luz para o nosso olhar Do cheiro doce da chuva fina, ao som dos carros rolando o asfalto, O clima muda e a sombra se apagou Se apaga a luz que nos transforma, quando tememos pelos que não vão saber Não vão saber o que é a vida e não lhes deram opção de sobreviver Longe vemos quadros hostis quando perdemos toda noção do que passou do que se passa aqui E na TV pode o réu ver todas coisas que não pode ter porque não teve defesa no seu julgamento Bonecos dançam nos telhados da sempre mesma elite esnobe que dita as regras E vão fazendo seus palácios e cultivando vícios com nosso ingênuo dízimo Da parte triste da estória não vale a pena comentar e fica assim Não vamos ter mais memória dos tempos que então virão pra quem fica aqui