Vem Que o povo sabe, irmão O samba é tradição Não vai, sabe que não pode acabar Sabe onde é o seu lugar E chega pelos versos deste artista Expondo a sua voz pr'esse Brasil equilibrista É na avenida que eu sempre vou tá É no traseiro da mulata da saúde a cantar É na carne do sambista, suor doce da passista Do neguinho tão pequeno que já sabe batucar É nas rodas de fundo de quintal Na cadência forte, o surdo o nosso carnaval É no pagode verdadeiro, no Ilê Ayiê guerreiro Nos botiquins, no antigo jogral Vem Que eu sou a consciência dessa gente A alegria e a tristeza do aguardente Luz da raça negra Grito de denúncia doa artista popular