A casa entreaberta, nosso livro aberto Este Sol poente, pouca luz na gente Eu preciso andar pela solidão Meu pensamento voa longe e o meu coração, o meu coração vai neste trilho Casa de farinha, o fogão de lenha O futuro é lento como viajar de trem Cada fresta uma cidade, tudo da janela O cinema mudo, aqui do escuro eu revelo ela Casa aberta, livro entreaberto O amor é um botão de rosa, que escolhe a aurora certa pra crescer Ai, amor, aonde anda agora? Se eu soubesse, eu seria esse trem Então me acalma o chão, a estrada, o grão da espera dentro do meu peito E deixo um sinal no alto da estação Pra quando for a hora ou quando for embora de vez De vez Então me acalma, puxando a estrada O grão da espera dentro do meu peito E deixo um sinal no alto da estação Pra quando for a hora ou quando for embora de vez A casa entreaberta