Pampeana fé

Alma musiqueira

Composición de: Edilberto Bergamo/Xiru Antunes
No rumo dos caminhantes
 Passo lento e por instante
 Há algo que nos invoca
 Estranha força que aflora
 Invisível aos embates
 Mas que vive amanhecendo
 Na transparência dos mates.

 Que os baguais erguem as patas
 Que é tombo e depois levante
 Que é florada, mel e flor
 De asa e bico sonoro
 Anunciando o dia nosso
 Na oração das manhãs.

 É prece na boca dos meus
 Povo bugre dos galpões
 Junto ao altar dos tições
 No terço das sesmarias
 Na pátria das recorridas
 Sobre o zaino dos bastos
 No lombo dos redomões.

 É a alma dos benditos
 No tempo das tolderias
 Pedindo paz aos proscritos
 Que levavam por instinto
 O aço das nazarenas
 E a cantiga sereneira
 No entrechoque dos rumos

 Do barro dos barreiritos
 A cruz das almas, solita
 Mão índia, trançando o catre
 Negro de sal e de charque
 O beijo do tacuapi
 É a força maior da vida
 Que nos trouxe até aqui.
    Página 1 / 1

    Letras y título
    Acordes y artista

    restablecer los ajustes
    OK