É nas tardes azuis de campanha Ao fundo musical de mil cigarras Ao recital de pássaros caponeiros Que se sangra o boi em grande farra Ai! A dor brutal do gadario Chorando, chorando, a rês a abatida No ritual selvagem das cabeças De bois e vacas em reza condoída E farejam os animais apavorados O lugar onde sangraram o companheiro Na tarde mormacenta de ar parado Aos berros, de luto, o lote inteiro Era! Era! Era! Era boi! Em um missal de campo aberto Curvando-se, escarvando berra O touro do rodeio insatisfeito Num bravo funeral de guerra