Existem alguns instantes Em que vejo o teu olhar... E sinto os teus olhos tão distantes Solidão, solidão de esfinge... Solidão, solidão de esfinge... Mistérios indecifráveis abissais Tão profundos... Qual o reino de netuno; Fascinante e imerso mundo... Porém, em outros momentos Teu olhar é tão presente Feito água, transparente... Mansidão de lago... Mansidão... Sem vento, tempestade ou turbulência E se mostra por inteiro sem pudor... Te faço derramada em poesias Te recrio em minhas fantasias... Te faço verossímil e verdadeira Na minha viagem... O real motivo paradoxal desse meu medo E também de toda a minha coragem... Teus olhos... Teu olhar !