A aragem fresca da manhã valia Como vale minha mão direita sobre a tua Ondulava adulando a inocente mania De beber o orvalho do sereno da lua Dias fartos como cachos de banana prata Como o cheiro das fruteiras, doces tangerinas Como o parto verdadeiro, dor que não maltrata Amor de posseiro pelo vento das campinas Fartos como os quintais, sombras de outono Segredo dos matagais entre a espera e o sono Mato capim-de-cheiro no aceiro da fazenda Cantigas de rendeiras em seu ofício de rendas Varandas de sol, balanço de rede vadia Água fria de remanso, descanso no fim do dia Cantos de rouxinol, pérola agreste amena E um buxixo no paiol, mimosa a pele morena Eu quero a temperança, a força dos ananás Ser essa criança que fui e não sou mais A correr nos tabuleiros debaixo de um céu azul Colher a esperança na 'fulô' do pé de andu