Mais que uma rosa Mais que um perfume Dou-te uma cena de ciúme Faço prova aparatosa Do meu amor por ti De peito aberto Cabeça ao lume Mostro-te as minhas feridas de guerra Gentileza que o peito descerra Aceita o meu ciúme À vista de todos Por cortesia Salta-me a tampa Vou ao tecto Como quem cede um afecto Em plena luz do dia Ciúme que não sai do peito É espinho que corta a direito E queima como sal A ferida onde fermenta Todo o mal Podes soltar aos quatro ventos Podes não contar a ninguém Mas toma conta dos meus tormentos Como um presente De quem te quer bem Guarda esta birra de menina Aceita a minha gentileza Guarda como uma certeza De haver quem te queira assim E se eu às vezes eu abuso do meu É porque nunca acusas o toque Por mais ciúme que eu te provoque Nem sequer um pingo do teu Ciúme que não sai do peito É espinho que corta a direito E queima como sal A ferida onde fermenta Todo o mal