Ao verme que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver Dedico como saudosa lembrança estas memórias póstumas O tempo parou, a vida se foi, em brumas se desfaz No silêncio do túmulo, minha alma jaz Nas noites frias, ouço ecos de vidas passadas Suspiros de lamento, almas abandonadas No campo santo, um destino inevitável A eternidade é cruel, o sono inquebrável Memórias desvanecem, o esquecimento vem Um nome na pedra, marcas de um alguém Vida e morte, ciclos sem fim No abraço da morte, onde tudo enfim tem fim Repito mais uma vez, com emoção Sentindo minha voz se tornar um sussurro agonizante Em silêncio enquanto minha alma se despede Os sonhos que tínhamos se esvaziando Me deixou desolada e atordoada Meu amado e eu Sentados em uma árvore M-O-R-R-E-N-D-O Por meio disso, realizamos esta autópsia Um toque que era um direito meu de nascença tornou-se estranho Ao verme que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver Dedico como saudosa lembrança estas memórias póstumas