Queria tanto que estivesses aqui Queria tanto que me visses sorrir Queria tanto que dissesses pra mim Que te sentes orgulho das escolhas que fiz Desejos por escrito, desejos no infinito Desejos que se tornaram necessidades de um aflito Faminto por ouvir as vozes de todos os livros Lidos com os olhos cegados pela realidade que olvido Serias dos poucos que entenderia os motivos Pelos quais respiro música, pra me sentir mais vivo Mas hoje não estás vivo e eu queria que tu me ouvisses A recitar poesia com ritmo, queria que visses O meu filho a cada dia mais parecido comigo Ele é cópia da tua cópia, logo o confundo contigo Queria que fosses o agasalho que me falta no cacimbo Limpo como a alva neve, leve como a paz que aspiro Queria que sentisses a chama arde no peito Que fosses parte integrante da trajetória do sujeito Repleto de medos, receios tremendos Do preconceito de si próprio no momento de olhar-se no espelho E não espero, que se realizem os desejos que escolhi Mas não escolhi desejar o que perdi Não escolhi viver a base de uma nostalgia vasta Sentir a falta de alguém de quem não tenho lembranças É confuso, isso é côncavo e também convexo E confundo algumas vezes sentimentos, mas não esqueço Que devo ser melhor, purificar a alma Pra que me seja outorgado algo bem maior que a fama Queria tanto que estivesses aqui Na esperança de me veres a brilhar E que Deus seja o norte da minha trajetória Conservar os seus ensinamentos nas minhas escolhas E não desistir dos sonhos, torná-los verdadeiros Com os olhos no futuro, Ele é maior que os pesadelos Queria tanto que estivesses aqui Na esperança de me veres a sorrir