Eu vou viver Mesmo depois do meu último suspirar E quem me viu viver, há-de contar Eu só tenho uma oportunidade De inspirar uma comunidade Sem conforto, sem comodidade A vida já ensinou como lidar Mas os meus avós tiveram de bazar Depois paguei com o preço da amizade Cortaram-me as asas, mas fuck it, eu já matei a gravidade Eu tive de matar a sanidade, boy Estar louco é melhor que mendigar Eles querem ver os heróis vulgarizados Mas o nosso reino tá profetizado Tô a tentar vocabularizar Esse teu esforço ao tentar me segurar É tipo estares com uma esfregona na beira da praia tentar secar o mar (Nunca) E eu sempre crescente, rei neste templo Esse é o tempo, a glória é (uma) árvore Eu era só semente Hoje sou a planta que está a quebrar o vaso Agora queres pedaços desse cake Não estiveste perto, não o deste mérito Eras raro, mas hoje tens tempo? Boy, foste pontual no atraso E eles dizem que estamos gigantes Gelson disse que estamos distantes Eu tô a viver várias vidas em simultâneo E todas cobram bem mais do que antes E e os meus a caçarmos Diamantes Tô com o C4, Pro, Dji e Kutz Os meus avós diziam: Não fala política Eu sou Neto de Santos E eu vi o efeito do interesse desses fakes Perdi weys que o sucesso fez snakes Não enterrei o meu afecto por esses negros Mesmo sendo wacks, cem por cento wacks Sou o PA que o Albieri fez com o Mac Fiz-me rapper no beco desses dreads Mas notei que o (Bairro) Académico é pequeno Mesmo sendo o berço, eu quero ser eterno Eu vou viver Mesmo depois do meu último suspirar E quem me viu viver, há-de contar Que ele eterno (eu sou eterno) Que ele eterno (eu sou eterno) Que ele eterno (eu sou eterno) Hey Eyo Phedilson bem-vindo a primeira liga Tu és gigante e não esperes que um hater diga Luta pelo teu, da tua maneira siga Eles dizem que eu sou puto, mas tenho a carreira antiga Todos me conhecem, mas fingem que há demência Eu vivo de aparições, eles vives de aparências O inferno é o meu caderno Na prática, eu sou eterno o inverno da Antártida, sem sátira Cada vez que entro na track, rappers ficam preocupados Antes de me veres parado, vês o Cristo Rei de braços cruzados Motherfucker eu sou Messias, milagre da nossa prosa O que é o ventre da Maria, pra as trompas da Dona Rosa? Os rappers de intervenção batem mal com o meu que Eu devia ter um mic na minha foto do BI Minha vida é um show, sou um o homem do palco Rappers fogem, eu sou o homem do saco Saco preto, papo reto, mato pretos Não sou homem de papos Tô sentado no banco, tô com o homem de fato Eu era old school antes de andares na escola Replicado antes do var na bola Tu vais levar na tola (na tola) Beats de Trap por minha causa A Rasta do teu rapper foi inspirada na minha pausa Vou ser eterno enquanto for vivido A vida é uma bitch eu remei e ela esguichou comigo Eu vou viver Mesmo depois do meu último suspirar E quem me viu viver, há-de contar Que ele eterno (eu sou eterno) Que ele eterno (eu sou eterno) Que ele eterno (eu sou eterno) Sem, lubrificante causo danos Em milésimos segundos, minutos, horas, dias, meses, só para abrir os vossos anos Bem, humorado sou o Gandhi, um amor na tua vida Mal disposto sou o Hitler, ponho vapor na etnia Bisneiro reclama, mas o meu negócio não defrauda Sou eterno como o dragão que morde a própria cauda Tu dizes ser Cristão, com o aspecto do capeta Com a caneta sou eterno como os cornos que a tua dama te espeta Vidente, vejo o teu futuro na velha Bem quente, ponho o teu kuduro na grelha Carregador na minha calash mato todos tipo pu pu Podem até tapar os ouvidos mas eu vou direto mesmo pó cu Nigga eu sou eterno, no Paraíso ou inferno Falso ou verdadeiro, a mim não há meio termo Muito lero lero, comigo é dez a zero Bicho Papão tá na porta cu cu Mortal é o meu físico, mas o lírico é imortal Como a eternidade no espírito Eu vou viver Mesmo depois do meu último suspirar E quem me viu viver, há-de contar Que ele eterno (eu sou eterno) Que ele eterno (eu sou eterno) Que ele eterno (eu sou eterno)