Eu não sou palhaço Eu não sou bandido Esse samba sou eu que faço E canto o que eu quiser Já cansei do pré-datado E da conta que já venceu Antes mesmo do ordenado De um amigo meu. Acabou a luz, acabou o gás Acabou a água e o meu dinheiro Continuo nesta fila Do povo brasileiro Que espera o amanhã Que espera o ano inteiro A promessa do político No mês de fevereiro Amanhã eu passo lá Pra te dar um abraço Pra comer esse prato Que ninguém comeu Não tenho vergonha Desse meu jeito Lhe devo respeito Mas amanhã eu passo lá.