Deixa o teu abraço vir curvado Que eu conheço o peso desses tempos E corre comigo como de primeiro Que meu corpo é leve como as primeiras Chuvas do caju Roça no meu corpo e dança lento E feito folha e fruta Cai no chão Arranca da minha boca esse ranço Que entristece e me magoa o coração E acalma esse queimar de urtigas Esse desassossego que me extenua O corpo ainda na manhã E me desata o laço, acocha o braço Me encurralando entre varandas e varais E agridocemente me envenena Como os primeiros Cajus do meu quintal