A cacimba e a vertente muito embora parecidas Na sede que todos sentem na água em goles bebidas Podem ser tão diferentes como remando e a corrente Bem como a morte e a vida Há homens que são cacimba Não mais que almas cansadas Alheia as visões refletidas Em suas águas paradas Em cima passando a vida Embaixo rota contida Silêncio, sombra e mais nada No entanto nada encerra O que nasceu pra vertente Tal se a seiva da terra Voltasse sangue na gente Quem é terrunho em sumo Jamais desvia seu rumo Por ver atalhos a frente Compondo seu pergaminho Pela andarilha vivência Segue cruzando sozilnho Reafirmando a existência Um manancial de caminhos Daqueles que aos pouquinhos Sorvem pureza e essência Há tanto sonho guardado Rio convertido em fosso Homens de olhos calados Embora ainda tão moços Caudais em vão represados Que sem um rumo traçado Trazem silêncio de poço