Aí vai Don Elbio Ramires Com seu poncho cor de terra Parece um índio nascido No tempo antigo das guerras Nas alegrias, bom trago E nas tristezas também Gesto amigo para todos Sem nunca mirar ninguém Pelas carpas e carreiras Ou na volta de um assado Aí tá Don Elbio proseando Ser livre não é um pecado Não é preciso um cavalo Pra conhecer-se um campeiro Há gente que de tão pobre Só o que tem é dinheiro Melhor ser rico no jeito Ter na alma um rio profundo Às vezes quem não tem nada Tem muito pra dar ao mundo Nos rancherios da fronteira Não necessita licença Pois é um amigo das casa Ser bueno tem recompensa Aí vem Don Elbio despacio Se arrimando a uma bailanta Campeando sonhos pra alma E uns traguito na garganta